Como posso ajudar o meu familiar idoso contra a sua vontade?

Por - MN
26.02.24 08:58 PM
Quando um familiar idoso começa a perder autonomia e resistência para cuidar de si próprio, é natural que surjam preocupações e conflitos familiares sobre como ajudá-lo da melhor maneira. Muitas vezes, os idosos podem resistir à ajuda, ao sentir que estão a perder a sua independência ou que não precisam de apoio domiciliário. Nestes casos delicados, é importante abordar a situação com compreensão, empatia e estratégias eficazes.
Se está a viver esta situação com o seu familiar, saiba que existem maneiras de abordar este problema com sensibilidade e eficácia, mantendo o respeito e a dignidade da pessoa em mente:

1. ENTENDER O MOTIVO DA RECUSA

Antes de tomar qualquer medida, é fundamental entender o motivo pelo qual o seu familiar está a resistir a aceitar cuidados domiciliários. Pode haver uma variedade de motivos subjacentes, incluindo medo de perder independência, negação da própria fragilidade, preocupações financeiras, ou simplesmente o desejo de manter as coisas como estão. Ter empatia e ouvir atentamente as suas preocupações pode ajudá-lo a sentir-se compreendido e aumentar a sua disposição para aceitar a assistência e apoio domiciliário que necessita.

2. ABORDAR O ASSUNTO COM SENSIBILIDADE

Ao conversar com o seu familiar idoso sobre a necessidade de cuidados domiciliários, escolha um momento adequado e um local tranquilo. Evite parecer autoritário e o confronto direto. Em vez disso, demonstre a sua preocupação genuína e ofereça-se para ajudar de maneira respeitosa e colaborativa. Mostre que pode contar consigo e a sua vontade de encontrar uma solução em conjunto.

3. ENVOLVER A PESSOA NA TOMADA DE DECISÃO

É importante envolver o seu familiar idoso no processo de tomada de decisão, sempre que possível. Em vez de impor apoio domiciliário, pergunte-lhe quais são as suas preferências e necessidades específicas. Ao permitir que ele participe ativamente no planeamento dos cuidados, está a respeitar a sua autonomia e o sentimento de controlo sobre a sua vida, o que pode reduzir a resistência à ajuda.

4.APRESENTAR UM PLANO DE AÇÃO E BENEFÍCIOS CLAROS

Destaque os benefícios tangíveis que a assistência pode proporcionar ao seu familiar idoso, como maior segurança, conforto e qualidade de vida. Apresente opções flexíveis e personalizadas que atendam às suas necessidades e preferências individuais. Seja claro(a) e transparente sobre as razões pelas quais determinadas formas de apoio domiciliário são necessárias e como elas podem melhorar o seu bem-estar, físico e mental, a longo prazo.

5. PROCURAR AJUDA PROFISSIONAL

Se o seu familiar idoso continuar a resistir ao apoio domiciliário, poderá ser útil procurar a orientação de profissionais especializados na área. Um médico, assistente social ou terapeuta pode oferecer insights adicionais e sugerir estratégias específicas para lidar com a situação. Adicionalmente, estes são os profissionais adequados para fornecer suporte emocional durante este período desafiador.

6. PRIORIZAR O RESPEITO E A DIGNIDADE

Acima de tudo, é essencial priorizar o respeito e a dignidade do seu familiar idoso, mesmo que seja necessário o apoio domiciliário contra a sua vontade. Reconheça e valorize a sua autonomia e individualidade, respeite as suas escolhas e limitações sempre que possível, e esteja aberto a (re)ajustar o plano de cuidados conforme a evolução das necessidades específicas do seu familiar.

7. PROMOVER UMA TRANSIÇÃO GRADUAL

Apresente o cuidador ao seu familiar e proponha apenas algumas horas de acompanhamento diário. Com o tempo, o seu familiar idoso passará a conhecer melhor o cuidador e a reconhecer os benefícios de tê-lo por perto, podendo, por fim, aceitar a assistência e apoio domiciliário.

8. ESCOLHER O CUIDADOR CERTO

A escolha do cuidador é fundamental para garantir a melhor aceitação do idoso. Primeiro que tudo, é necessário fazer uma avaliação da situação e das necessidades específicas, a fim de poder encontrar o profissional com as capacidades adequadas e a personalidade ideal para acompanhar o seu familiar. 
Ajudar um familiar idoso contra a sua vontade pode ser um desafio emocional e prático, mas é possível encontrar soluções eficazes com paciência, empatia e estratégias cuidadosamente planeadas. Ao abordar a situação com sensibilidade e respeito, poderá apoiar o seu ente querido a aceitar a assistência que necessita, promovendo a sua segurança, conforto e qualidade de vida. 

Na CuidarSénior, temos uma equipa especializada de cuidadores, assistentes sociais e profissionais da área da saúde que o(a) podem acompanhar em todo este processo, fazendo uma avaliação 100% gratuita da situação e encontrando consigo a melhor solução para dar resposta às necessidades do seu familiar.

Saiba mais sobre a nossa equipa e serviços de apoio domiciliário em cuidarsenior.com

MN