Como Comunicar e Lidar com um Familiar com Alzheimer?  7 Erros que Afastam e 7 Atitudes que Aproximam

Por - MN
04.08.25 10:55 AM

 O Desafio de Comunicar com quem tem Alzheimer

Comunicar com um familiar que vive com Doença de Alzheimer pode ser um dos maiores desafios emocionais para as famílias. A condição afeta não apenas a memória, mas também a capacidade de interpretar palavras, reconhecer pessoas e manter conversas simples.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 55 milhões de pessoas vivem com demência no mundo, sendo o Alzheimer a forma mais comum, representando cerca de 60 a 70% dos casos. Em Portugal, estima-se que existam mais de 200 mil pessoas com demência, um número que deverá duplicar até 2050, de acordo com a Associação Alzheimer Portugal.

Estas estatísticas traduzem-se em milhares de famílias que, diariamente, se confrontam com perguntas difíceis:

Como posso comunicar sem magoar? Como manter a ligação emocional com alguém que já não me reconhece?

A comunicação eficaz é uma ferramenta terapêutica. Quando usada com empatia e conhecimento, ajuda a reduzir a agitação, a ansiedade e o isolamento da pessoa com Alzheimer, ao mesmo tempo que alivia o stress dos cuidadores.

🚫 7 Erros que Afastam

1. Corrigir ou contrariar

Dizer isso não é verdade” ou já te expliquei isso” apenas reforça a frustração da pessoa. Corrigir uma memória que já não existe não ajuda e pode causar dor emocional;

2. Fazer perguntas de teste

Perguntar lembras-te quem eu sou?” ou que dia é hoje?” coloca a pessoa numa situação de falha constante, contribuindo para sentimentos de insegurança e vergonha;

3. Falar depressa ou com linguagem complexa

Pessoas com Alzheimer têm dificuldade em processar informação. Frases longas, com metáforas ou ironia, geram confusão;

4. Tratar como se fosse uma criança

Embora o Alzheimer afete a cognição, a pessoa continua a ser um adulto com dignidade. Infantilizar o discurso pode parecer condescendente;

5. Ignorar a pessoa durante as conversas

Falar com outros na presença da pessoa, como se ela não estivesse lá, contribui para o isolamento e perda de autoestima;

6. Demonstrar frustração visível

Expressar impaciência através de suspiros, gritos ou gestos bruscos afeta negativamente o ambiente emocional;

7. Sobrecarregar com escolhas ou instruções

Dar várias opções (“preferes isto ou aquilo?”) ou comandos em série (“agora veste-te, lava os dentes, depois senta-te”) é fonte de stress e desorientação.

7 Atitudes que Aproximam

1. Validar emoções em vez de confrontar factos

Se a pessoa diz que quer ir para casa”, mesmo estando em casa, é melhor responder com empatia (fala-me dessa casa”) do que explicar onde está;

2. Utilizar linguagem simples e pausada

Frases curtas, tom calmo e repetições suaves ajudam a manter a pessoa tranquila e envolvida;

3. Focar no momento presente

A ligação emocional pode acontecer através de um gesto, uma música ou um cheiro, mesmo que não haja memória do passado ou noção do futuro;

4. Manter o contacto visual e físico

Olhar nos olhos, dar a mão, sorrir com frequência, são sinais não verbais que transmitem segurança e afeto;

5. Promover rotinas estáveis e previsíveis

Ter horários consistentes para refeições, higiene e descanso ajuda a reduzir comportamentos desorganizados e crises de ansiedade;

6. Estar presente com escuta ativa

Mais do que ouvir para responder”, escutar com atenção, mesmo sem compreender tudo, cria conexão e reduz a solidão;

7. Reforçar a relação com amor e paciência

A presença constante, mesmo silenciosa, é uma das formas mais poderosas de demonstrar amor a alguém com Alzheimer. As emoções permanecem, mesmo que a memória falhe.

Lembre-se: o que a pessoa sente é tão real quanto aquilo que se esqueceu…

Mesmo que o seu familiar já não reconheça nomes, lugares ou datas, as emoções permanecem.
O medo, o amor, a alegria ou a ansiedade são sentidos de forma autêntica e intensa, mesmo quando a memória falha.
Por isso, mais do que o que dizemos, a forma como dizemos - o tom, o olhar, o gesto - pode mudar completamente o dia a dia da pessoa com Alzheimer.

 Como a CuidarSénior Pode Ajudar?

A CuidarSénior é especializada em apoio domiciliário a idosos, incluindo cuidados adaptados a pessoas com Alzheimer e outras demências.

Alguns dos serviços que oferecemos são:

Planos personalizados com base no estágio da doença;

Cuidadores com formação específica em demência;

Estimulação cognitiva, física e emocional no domicílio;

Acompanhamento nas tarefas diárias com empatia e dignidade;

Monitorização constante e apoio emocional às famílias.

Com presença em toda a área da Grande Lisboa, trabalhamos para garantir que cada pessoa idosa possa viver com dignidade e saúde, no conforto do seu lar.

Se precisa de apoio profissional, cuidados personalizados ou apenas alguém que compreenda o que está a viver, estamos aqui para ajudar.

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MN